
O B S E S S Ã O
É importante que a família do obsediado participe diretamente do tratamento de seu membro querido, tratando-se também, de todos os seus componentes, na medida do possível.
A obsessão se caracteriza pela ação de uma mente inferior sobre outra mente, sejam encarnados ou desencarnados os personagens. Kardec distinguiu, em suas pesquisas, três graus do processo obsessivo: obsessão simples, subjugação e fascinação. No primeiro grau a infestação espiritual atinge a mente causando perturbações mentais; no segundo grau amplia-se aos centros da afetividade e da vontade, afetando os sentimentos e o sistema psicomotor, levando o obsedado a atitudes e gestos estranhos e tiques nervosos; no terceiro grau afeta a própria consciência da vítima, desencadeando processos alucinatórios.
As causas da obsessão decorrem de vários fatores: resgates reencarnatórios, tendências viciosas, egoísmo, ambições desmedidas, aversão ao semelhante, ódio, sentimento de vingança, futilidade, vaidade exagerada, apego ao dinheiro, orgulho e assim por diante.
As vibrações mentais que o homem impulsiona com sua vontade, entram em contato com ondas de pensamentos iguais existentes em nosso mundo e, ao mesmo tempo que nelas influem adensando-as, dela recebem influência natural.
Um homem que adentre a onda do desânimo, de melancolia (pré-depressão) sentirá que, minuto a minuto, o negativismo se instala inteiramente em sua disposição e ele se sentirá, a menos que reaja de imediato, compelido a divisar nuvens densas em seu futuro e a desistir de todo e qualquer empenho de recuperação.
E o círculo de ação e reação das ondas mentais seguirá em ritmo acelerado, despertan
do-lhe pensamentos desalentadores que comprometem sua integridade física e mental.
Já aquele que sustente otimismo, sem fantasias, estará dia a dia mais ajustado às suas tarefas materiais e espirituais, conseguindo vencer obstáculos que ao desanimado pareciam
intransponíveis, porque terá a sustenta-lo todo um estímulo magnético que recolhe na “onda de otimismo” de sua coletividade.
O foco central e gerador de todo processo obsessivo localiza-se na própria alma, e nela estão, ao mesmo tempo, todos os elementos que lhe permitem sanear-se dessa enfermidade.
O homem que cria em si a inveja, ciúme, ódio, por exemplo, liga-se a ondas mentais semelhantes, recebendo-lhes toda influenciação deletéria, abrindo-se para processos obsessivos, à semelhança da água estagnada que serve de leito para os vermes.
Se o obsedado quer curara-se é necessário empreender esforços sinceros e firmes para “doutrinar” e “evangelizar”: a língua maledicente, os olhos maliciosos, a palavra caluniosa, os atos de egoísmo, os hábitos de orgulho, atitudes de ingratidão, os pensamentos de sensualidade, os impulsos de agressão, o pego excessivo aos bens terrenos
O socorro prestado ao obsediado, quer pela doutrinação, passes, preces de amigos e familiares, não desobriga o enfermo de realizar a parcela mais decisiva do tratamento, ou seja, que ele crie em si o desejo de viver em harmonia com seus semelhantes e de renovar seus valores morais deturpados.
É importante que a família do obsediado participe diretamente do tratamento de seu membro querido, tratando-se também, de todos os seus componentes, na medida do possível.
O reecarnante sob aquele teto não ocorreu por simples acaso e, por conseguinte, todas as recomendações feitas para o obsediado servem para seus familiares. não participação da família do enfermo no tratamento desobsessivo, torna-o mais prolongada e difícil sua cura e seu restabelecimento. ■
Leia os livros Tratamento da Obsessão de Roque Jacinto e
Obsessão, Origem, Sintomas e Curas de Allan Kardec
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